sábado, julho 10, 2010

Em NY também se vende CD pirata...


Foto postada no Twitter pelo jornalista Flávio Fachel

Martha Argerich & Nelson Freire - Virtuose

Iveta Radicova torna-se a primeira mulher a chefiar um governo da Eslováquia

Iveta Radicova torna-se a primeira mulher a chefiar um governo da Eslováquia

Isto é - 09/07/2010

A liberal Iveta Radicova, de 53 anos, uma socióloga diplomada em Oxford, decidida a encarnar a mudança na Eslováquia, tornou-se a primeira mulher a chefiar um governo neste país da Europa Central, independente desde a divisão da Tchecoslováquia, em 1993.
 Iveta Radicova foi nomeada para o cargo de primeiro-ministro pelo presidente eslovaco, Ivan Gasparovic, após as eleições legislativas de 12 de junho. Líder da União Democrática e Cristã eslovaca (SDKU) conta, junto com seus aliados liberais (SaS), cristãos-democratas (KDH) e do partido da minoria húngara Most-Hid, com maioria de 79 cadeiras, num total de 150. 
O partido de esquerda Smer-SD, do até então premiê, Robert Fico, e seus aliados nacionalistas do SNS do líder xenófobo Jan Slota, possuem 71 cadeiras.
"Seremos um governo em prol dos cidadãos, um governo de responsabilidade cívica e cooperação", declarou ela.
"A habilidade de ouvir é a mais preciosa das qualidades", diz Radicova, que ganhou algumas críticas da Igreja por sua recusa a condenar o aborto num país muito conservador e fortemente influenciado pela Igreja Católica.
No final de 2009, renunciou a sua vaga no parlamento, depois de criticada por ter votado no lugar de uma companheira ausente. "Cometi um erro e a única forma de me redimir era renunciar", declarou na época.
Nascida em 7 de dezembro de 1956, em Bratislava, foi Ministra do Trabalho e Assuntos Sociais em 2005-2006, tendo sido eleita deputada cristã-democrata em 2006.
Em abril de 2009 se apresentou à presidência da Eslováquia, mas perdeu para Ivan Gasparovic.
Tem um filha do casamento com um ator cômico que faleceu em 2005.

Lute, para o Hoje em Dia, isso em 2008!

Ilha fiscal

Ilha fiscal
Miriam Leitão

A candidata Dilma Rousseff deveria ter pressa de que a Receita Federal esclareça o que aconteceu no órgão. Na entrevista ao Roda Viva, ela foi dura com o editor-executivo da “Folha de S.Paulo”, Sérgio D’Ávila. Disse que não tinha processado o jornal por respeitar a liberdade de imprensa. “Acho oportuno que se prove, e quem acusa é que prova”, afirmou.
No dia 12 de junho, a “Folha” havia publicado que os dados fiscais do vice presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge, foram investigados pela “equipe de inteligência” da campanha da candidata Dilma Rousseff. E publicou fac símiles mostrando que estavam circulando documentos objeto de sigilo fiscal.
O presidente Lula disse, no dia seguinte, que o dossiê era uma invenção dos adversários. Agora, a Receita em nota reconhece que não houve invasão no seu sistema e que os dados foram acessados por funcionários do próprio órgão.
Essa informação não exige uma investigação de 27 dias, mas foi esse o tempo que a Receita precisou para saber que funcionários do órgão, usando senha pessoal e exclusiva, acessaram dados referentes às declarações de Eduardo Jorge.
Não disse quem fez o que fez. Não sabe por que eles fizeram o que fizeram. Disse apenas que “as investigações prosseguem, através de instauração de processo administrativo e disciplinar, para apurar se os acessos foram motivados por razões de serviço.” Recapitulando: funcionários da máquina pública, que servem ao Estado — e não a governos, muito menos a partidos — acessaram documentos sigilosos de um adversário político do governo. Esses dados saíram da Receita, que é a depositária fiel das informações.
A Receita admite que eles acessaram os dados e pede mais tempo para saber o motivo do comportamento de seus próprios funcionários. E se eles não tiverem acessado por motivo de serviço? “O responsável por acesso imotivado estará sujeito a penalidade de advertência ou suspensão de até 90 dias.” A falta de pressa da Receita e a leveza da punição são perturbadoras. A suspeita é de uso da máquina pública para espionar adversários que, como já disse aqui, quando aconteceu nos Estados Unidos provocou a maior crise política da história recente americana.

Já a candidata Dilma Rousseff tem outra suspeita.
A Sérgio D’Ávila, no Roda Viva, ela disse: “É importante que o jornal traga essas provas a público.  Nós não podemos aceitar, porque vivemos numa democracia, acusações sem prova. Nós processamos o acusador. Vocês, nós não processamos porque respeitamos a liberdade de imprensa. Achamos que vocês estão protegendo a fonte. Enquanto não demonstrarem a prova, é uma acusação infundada."
Está em curso uma tentativa de atribuir a nós questões que foram criadas em outro ambiente político.” O jornalista perguntou se ela não achava que era uma tentativa do tipo “aloprados 2”, e ela concluiu: “Não, acho que há uma tendência de forçar essa interpretação por razões políticas.” Ou seja, suspeita também, como Lula, de que é tudo invenção dos adversários.
Essa versão da ministra para os fatos que a imprensa tem publicado ficou mais frágil depois da nota da Receita Federal admitindo que os dados foram acessados por seus funcionários.
A Receita disse que ainda precisa verificar se o vazamento saiu de lá. Essa falta de sentido de urgência da Receita é inexplicável se há tantas dúvidas no ar. De um lado a oposição suspeita que os dados são parte de espionagem política, de outro, o governo suspeita que os dados são parte de uma conspiração de adversários. Tratar de forma burocrática um caso político tão incandescente; fazer uma verdadeira operação tartaruga na apuração de informação tão relevante coloca em risco a credibilidade do próprio órgão, ao qual os contribuintes entregam informações que estão sob a proteção constitucional do sigilo. É indispensável que um órgão de Estado se comporte como um órgão de Estado.
Do contrário, ficará parecendo que está acobertando algo ou alguém.
Toda a história começou com a publicação pela “Veja” de que a empresa fornecedora de serviços de comunicação do jornalista Luiz Lanzetta tinha se reunido com o delegado aposentado Onézimo Sousa e pedido ajuda para montar um dossiê contra o principal candidato de oposição e pessoas ligadas a ele. O delegado no Congresso confirmou o que disse à revista.
Na entrevista, Dilma deu uma definição do que a empresa de Lanzetta fazia na campanha: — O Lanzetta foi contratado para fornecer pessoal para nossa campanha.
Ele contratava pessoas que nós indicávamos. Nós não assumimos nenhuma responsabilidade.
Então, por essa explicação de Dilma Rousseff, pessoas que trabalhavam na empresa haviam sido indicadas pela campanha e apenas contratadas pela empresa do jornalista. Difícil entender o que ela quis dizer com isso. Mais uma dúvida num caso cheio de fatos mal explicados.
O que piora tudo são os antecedentes do PT em compra e fabricação de dossiês falsos contra adversários. Se isso virar um método de luta política, o que está em risco é muito mais que uma eleição, mas a qualidade das instituições brasileiras.

A campanha começou oficialmente esta semana.
Mas nos meses que a antecederam acumularam-se vários fatos preocupantes que vão do uso da máquina pública, excesso de bondades eleitoreiras com dinheiro público, e esse estranho caso que traz tão inquietantes dúvidas.

Consumidor que frauda medidor de consumo de energia pode ter serviço suspenso

Consumidor que frauda medidor de consumo de energia pode ter serviço suspenso
A Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL) pode suspender o fornecimento de energia elétrica em caso de fraude devidamente apurada em processo administrativo. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Cesar Asfor Rocha, deferiu parcialmente o pedido da suspensão de liminar (SLS 1244) apresentado pela companhia e, assim, suspendeu decisão de juízo de primeiro grau que impedia o corte do fornecimento antes da realização da perícia técnica por órgão imparcial, seguindo procedimento previsto na Resolução nº 456/2000 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Cenas que gostaríamos de ver

Soninha Francine, ex-PTdiz porque apoia José Serra

Mais condenação ao apedrejamento no Irã

Mais condenação ao apedrejamento

GIRO PELO MUNDO - DIREITOS HUMANOS 

Estado de Minas - 09/07/2010
A Grã-Bretanha pediu ao Irã que interrompa o processo de execução de Sakineh Mohammadi Ashtiani uma mulher condenada a ser executada por apedrejamento por ter supostamente cometido o crime de adultério. “O apedrejamento é uma punição medieval, que não tem lugar no mundo moderno, e o uso continuado desse tipo de punição no Irã demonstra, em nosso ponto de vista, um desrespeito deslavado aos direitos humanos com os quais o país se comprometeu", disse o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague. A Anistia Internacional afirmou na semana passada temer que Sakineh, mãe de dois filhos, seja executada por apedrejamento a qualquer momento por adultério. Sakineh nega as acusações e seu advogado afirma que o processo está repleto de falhas. Hague pediu que o Irã cancele imediatamente a execução e revise o processo. "Se essa punição for executada, ela causará indignação e horror ao mundo que a observa", afirmou o chanceler britânico. 

Multidão vai às ruas de Barcelona para defender autonomia catalã

Multidão vai às ruas de Barcelona para defender autonomia catalã
BARCELONA (AFP) - Uma manifestação para defender o estatuto de autonomia ampliada da Catalunha, recentemente alterado pela justiça espanhola, converteu-se neste sábado em uma demonstração de força da "nação" catalã.
Mais de um milhão de pessoas encheram o centro de Barcelona para protestar contra uma sentença do Tribunal Constitucional, que modificou diversas partes do novo estatuto de autonomia votado pelos catalãos, em uma manifestação com um elevado tom de independência.
A guarda urbana, polícia municipal, calculou que a passeata chegou a 1,1 milhão de pessoas, ainda que os organizadores tenham estimado em 1,5 milhão o número de manifestantes.
A manifestação, convocada pelos partidos políticos e por diversas instituições e entidades catalãs, foi encabeçada pelo presidente regional, José Montilha, seus dois antecessores, Jordi Pujol e Pasqual Maragall, além de dois ex-presidentes do parlamento catalão.
Uma gigantesca bandeira catalã iniciava a marcha, acompanhada pelos dois lemas "somos uma nação" e "nós é que decidimos", enquanto mãos de cartolina distribuídas pelo partido independente Esquerra republicana (ERC) podiam ser vistas por todo o percurso com a frase "adeus Espanha" gravada.
Outro lemas que podia ser lido durante a marcha era "nossa sentença é a independência".
À passeata, organizada por Omnium Cultural, uma associação para a difusão da língua, da cultura e identidade catalãs, também somaram-se sindicatos e partidos (exceto o opositor de direita Partido Popular).
Na sexta-feira, o Tribunal constitucional publicou o detalhamento de sua sentença, cuja decisão já era conhecida desde o fim de junho, após quatro anos de deliberação, nos quais foram modificados diversos aspectos importantes do estatuto, adotado em 2006, sobretudo os que se referiam ao termo "nação" como definição da Catalunha e outros sobre a língua.

Summer of George Intro Video (Exhibit A Re-Mix)

Amarildo

Postos da Anac não funcionam nos horários de pico em São Paulo

Postos da Anac não funcionam nos horários de pico em São Paulo
Passageiros de alguns voos noturnos não têm como recorrer à agência na hora
Wagner Gomes

SÃO PAULO. A maior parte dos voos no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, decola a partir do início da noite. Na última quarta-feira, por exemplo, foram 46 voos (nacionais e internacionais) entre 22h e meianoite, horário de pico. Mas o escritório local da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) funciona apenas até as 22h. Em Congonhas, o aeroporto mais movimentado do país, a situação não é melhor. O posto fica aberto só até as 20h (enquanto os voos vão até as 23h) e, segundo informações de funcionários do próprio posto, o local deve ser fechado ainda este mês.
Na quarta-feira, a reportagem do GLOBO não encontrou fiscais da Anac em nenhum dos dois aeroportos. Uma funcionária da agência em Guarulhos disse que eles não trabalham todos os dias e que estavam de folga naquela quarta-feira. A economista Bruna Lourenço, de 22 anos, chegou ao posto da Anac em Cumbica pouco depois das 21h30m. Ela, os pais e as duas irmãs tentaram registrar uma reclamação contra a TAM, que vendeu passagens a mais para o voo 8006, que partiria às 22h45m com destino a Buenos Aires, na Argentina.
— Chegamos pouco depois das 21h no aeroporto e fomos informados que o voo estava completo. Venderam passagens a mais e ficamos de fora. Fui até a Anac, que por pouco estaria fechada, e tive a informação de que a reclamação teria de ser feita pela internet ou pelo 0800 — disse Bruna.
Voo lota e família só é avisada na hora do check-in Como não havia mais voos nesse horário em outras companhias para Buenos Aires, a TAM ofereceu acomodação em um hotel próximo ao aeroporto até a manhã de quinta-feira, quando partiria o próximo voo para Buenos Aires, às 6h45m.
— Isso é uma falta de respeito ao consumidor. A empresa não deveria vender mais passagens do que poderia. Agora não quero mais viajar — disse Paulo Antônio Lourenço, de 56 anos, pai de Bruna.
Quatro das cinco passagens foram adquiridas pelo sistema de milhagem. Os bilhetes foram comprados pela internet. A família Lourenço programava passar quatro dias em Buenos Aires e a viagem foi marcada há dois meses. Lourenço reclamou de ter sido informado pela TAM sobre a lotação na hora do check-in.

— Foi uma ducha de água fria.
A intenção era aproveitar o fim de semana de feriado para conhecer a Argentina. Ofereceram acomodação em São Paulo, mas não falaram nada sobre os custos que vou ter por chegar mais tarde do que o previsto em Buenos Aires — disse o bancário.
Uma funcionária da TAM explicou que não há como garantir reembolso de despesas fora de São Paulo. Ela disse que a companhia ofereceu tudo o que podia para o passageiro, “que negou todas as possibilidades de acomodação no dia seguinte em um outro voo”.
— Oferecemos um táxi para a família voltar para casa ou a estadia em um hotel, com direito a jantar e café da manhã — disse a funcionária, que se identificou apenas como Marina.
Poucos dias antes de a medida da Anac entrar em vigor, o administrador Carlos Rudinei Laurindo, de 46 anos, teve problema quando voltava de São Paulo para Florianópolis com a mulher em um voo da Gol. Segundo ele, como o tempo estava muito fechado em Florianópolis, por causa da chuva, a aeronave acabou pousando em Curitiba, Paraná.
— O resto da viagem teria de ser feita de ônibus. Eu não aceitei com medo de descer a serra naquele chuva. Acabou que todo mundo foi de avião mesmo, mas a viagem não pôde ser concluída e tivemos que voltar para Curitiba — disse o administrador.
— Fiquei nervoso e fui acusado de agredir verbalmente uma aeromoça, mas eu só estava querendo uma explicação. Quando pousamos em Curitiba novamente recebi voz de prisão e fui parar na Polícia Federal.
Passageiro aluga carro para finalizar viagem Carlos Laurindo pediu desculpas e acabou se acertando com os funcionários da TAM, mas teve de arcar com as despesas de acomodação em um hotel e o aluguel de um carro para seguir no dia seguinte com a mulher para Florianópolis.
— Até hoje ninguém da Gol ligou perguntando como fiz o resto da viagem — disse ele, que entrou com um processo contra a empresa.
A Gol informou que não se pronuncia sobre ações em andamento.

Pantanal


Fotografia de Bueno Mike  A volta dos corvos-marinhos com a sua captura no amanhecer no Pantanal, uma vasta zona úmida que se estende por todo o Brasil, Bolívia e Paraguai.

Novas regras, velhos problemas

Novas regras, velhos problemas
Anac registra 915 queixas um mês após a ampliação dos direitos dos passageiros. Faltam fiscais
Geralda Doca e Danielle Nogueira - BRASÍLIA e RIO
Na próxima terça-feira, as regras que ampliam os direitos dos passageiros completam um mês. Nesse período, foram registradas na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) 915 queixas no país contra atrasos, cancelamentos de voo e overbooking (venda de bilhetes acima dos assentos disponíveis), mas nada mudou nos aeroportos, e os usuários continuam desprotegidos de abusos cometidos pelas aéreas. Falta fiscalização da Anac para que as normas sejam cumpridas.
Nas salas de atendimento que ainda restam em dez aeroportos, funcionários terceirizados apenas registram a queixa ou orientam o usuário a ligar para o 0800 ou acessar o site da Anac.
A reclamação resulta em processo administrativo, com três meses em média de duração, em que a empresa poderá ou não ser multada. E só.

Na última quarta-feira, O GLOBO esteve em aeroportos de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo e constatou o descumprimento das novas regras. Em Brasília, o português Vitor Manuel dos Santos, sua mulher, a brasileira Suzana Rodrigues Rocha, e seus dois filhos não receberam assistência da TAP, companhia que vendeu o bilhete Lisboa-Brasília-Goiânia. Devido a problemas na Imigração, eles perderam a conexão para Goiânia pela TAM e passaram por um empurra-empurra nos balcões de check-in das duas empresas. A TAP informou que eles tinham de comprar outro bilhete. Na TAM, disseram que o próximo voo para o destino final sairia três horas depois, mas este estava lotado e com fila de espera.

No Santos Dumont, filas dobram saguão
Pelas novas regras da Anac, caberia à TAP acomodá-los em outra aérea. Porém, embora tenham sido alertados a esse respeito, os atendentes responderam que o problema não era deles.
— É uma falta de respeito com a gente — disse Suzana, que tentava a todo custo controlar o filho mais novo, que é hiperativo e passava mal.
Naquele momento, não havia ninguém da Anac. A família só não passou a noite no terminal, porque a Infraero interveio junto à TAM e deu assistência médica à criança. Procurada, a TAM informou que adotou todas as providências necessárias para atender às novas regras. Já a TAP transferiu a responsabilidade à TAM. “A TAP tentou acomodação junto à TAM, que estava com overbooking no voo das 21h05m. E a TAM ficou impedida de priorizar o atendimento desta senhora (Suzana), uma vez que, conforme a legislação, deveria ser respeitada a lista de espera”, disse a TAP em nota.
É uma situação que se repete. No último dia 1o, o sistema de reservas da TAM ficou fora do ar em Brasília das16h40m às 18h45m. Filas se formaram no check-in, sem que a empresa informasse o motivo do atraso. Coube à Infraero anunciar pelo alto-falante o que ocorria. Pelas novas regras, as empresas são obrigadas a informar o porquê do atraso e a previsão do horário de partida.
No Rio, passageiros da Azul também tiveram que enfrentar filas que dobravam o saguão do Santos Dumont na última quarta-feira. Um atraso de mais de duas horas em um voo da companhia que vinha de Salvador para o Rio provocou um efeito cascata nos demais voos da empresa. O avião sairia às12h da capital baiana e só decolou por volta das 14h30m. Com isso, o voo que sairia do Rio para Porto Alegre usando o mesmo avião, agendado para 19h53m, só deixou o aeroporto por volta das 21h30m.
Em Salvador, a empresa providenciou voucher de alimentação e internet para os passageiros, como preveem as novas regras da Anac. No entanto, bastou a dona de casa Patricia Silva se ausentar por poucos minutos para trocar a fralda de sua filha Milena, de um ano, para perder o direito ao voucher.
— Quando retornei ao guichê para pedir o voucher, me falaram para aguardar que o voo já sairia e não me deram nada. Minha filha ficou com fome e não parava de chorar — disse ela, ao desembarcar no Rio.

Anac: ‘fiscalizar não é seu papel’. Mas é
No Santos Dumont, a empresa providenciou alimentação, mas, segundo relato de passageiros, não informou que teriam direito a usar telefone ou internet. E quem tentava reclamar não conseguia, pois o posto de atendimento da Anac no aeroporto foi desativado em 2008.
— Só me deram um voucher e nada mais — disse o comerciário Croaci Gomes, que viajava com a mulher e a filha para a capital gaúcha.
A Azul alegou problemas no avião e disse que internet e telefone estavam disponíveis para os usuários no Rio, embora ninguém os tenha usado.
A Anac argumentou que seu papel é administrativo e não de fiscalização in loco. Frisou que cabe ao consumidor recorrer ao Procon ou à Justiça, se quiser reparação pelo mau serviço. “O órgão regulador não pode, em hipótese alguma, assumir as responsabilidades das companhias aéreas no contrato de transporte que ela firmou com o passageiro”, informou em nota. No entanto, a própria lei que criou a agência delegou ao órgão a missão de regular e fiscalizar a aviação civil.
Setores do governo estão preocupados com a estrutura precária de fiscalização da agência. Teme-se que, com o crescimento, a demanda pelos serviços vai subir. A agência tem 1.096 fiscais, mas a fiscalização das normas nos aeroportos é feita por uma dupla de inspetores. Como alternativa, a Infraero negocia com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a instalação de juizados especiais em Guarulhos e no Galeão.

Copa Holanda e Espanha

O voto como resposta

O voto como resposta

Carla Kreefft - O Tempo – MG - 09/07/2010

Em tempo de eleição e com duas candidatas à Presidência da República, é importante ressaltar a necessidade do estabelecimento de políticas públicas eficientes de combate à violência e de proteção à mulher.
É claro que o país já avançou muito do ponto de vista da legislação - e o maior exemplo disso é, sem dúvida, a Lei Maria da Penha -, mas o arcabouço legal tem se mostrado incapaz de impedir que a mulher fique exposta a agressões e discriminações dos mais diversos tipos. Como a legislação parece ser de qualidade, é muito provável que o problema resida na capacidade de execução. E aí, não há outra solução diferente da implementação de iniciativas urgentes dos Executivos municipais, estaduais e federais. 
Mas antes mesmo de criar políticas e ações voltadas para a mulher, o que os municípios, Estados e o país precisam fazer imediatamente é cumprir os programas que já existem com seriedade e correção. Não é mais admissível que mulheres sejam vitimadas pela falta de cuidado do poder público. Não é possível que denúncias sejam constantemente recebidas com má vontade e pouca credibilidade. Não são poucas as mulheres que pediram ajuda e denunciaram seus algozes, sem que nada foi feito até a morte delas.
E é muito importante que se diga que a importância de uma denúncia não pode ser medida a partir de julgamento de valor sobre os denunciantes. Não importa quem esteja denunciando ou quem seja o denunciado. Tudo que for preciso ser feito tem que ser feito para poupar uma vida. Não deve haver para o poder público, como para ninguém, vidas mais valiosas do que outras. 
Agora, criado o problema, é fundamental que haja punição exemplar. Não basta acabar com o argumento da defesa da honra e dos bons costumes apenas na legislação. A sociedade brasileira tem que acabar com isso do ponto de vista da cultura e da consciência coletiva. E aí, é bom lembrar que o voto tem muita força.
Para além das restrições estabelecidas pela Lei da Ficha Limpa, o voto precisa ser negado para aqueles ou aquelas que ainda acreditam que deve haver diferenças de tratamento ao cidadão. O voto deve ser negado para quem enxerga raça, sexo e religião como critérios de valor. As urnas devem dizer um verdadeiro não a qualquer tipo de discriminação e abuso.
Não se trata da defesa do voto segmentado. Não é dizer que mulher tem que votar em mulher e que negros devem votar em negros. Trata-se de conhecer o candidato para além da superficialidade e saber exatamente como ele pensa e se posiciona em relação aos assuntos polêmicos. 
O que mais há por aí é lobo em pele de cordeiro. Durante a campanha, o preconceito e a discriminação somem, mas reaparecem com força no plenário do Congresso Nacional. 
Carla Kreefft escreve neste espaço às sextas-feiras E-mail: carlak@otempo.com.br

COMENTÁRIO: É claro que os temas polêmicos devem ficar bem esclarecidos. No entanto, o que deve nortear a escolha do voto são as metas gerais de governo dos candidatos, o plano global de gestão e a capacidade de realizá-lo. Não se julga se o candidato ou a candidata é bonito ou feio, magro ou gordo, qual é a sua crença religiosa ou se não a tem, esses são pequenos detalhes que nada acrescentam ao debate e evidenciam um viés ridículo e inaceitável de preconceito e ignorância. Vivemos em uma democracia e queremos um presidente, seja homem ou mulher, obediente ao Estado do Direito. Logo, as perguntas devem versar para a ética, a honestidade, a capacidade de gerenciar o país, o conhecimento dos problemas nacionais, a experiência em gestão, o passado limpo, a fala que não deixa dúvidas das intenções, a vontade de governar para o coletivo, sem partidarismos, a sua concepção econômica de Estado, as prioridades, a preocupação social. Tenho receio de candidatos que não são assertivos, que falam sempre ao lado de assessores, que não têm moto próprio, que precisam sempre de ventríloquos para expressar algo. Quero um(a) governante de opiniões próprias, de idéias que saem tranquilamente das suas falas!

Skoob

BBC Brasil Atualidades

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